quarta-feira, 29 de junho de 2011

Olá Classe!: Educação e Redes Sociais

Olá Classe!: Educação e Redes Sociais: "EDUCAÇÃO E REDES SOCIAIS Caberia aos pais e especialmente aos professores guiarem os jovens nessa viagem pelo conhecimento. Mas não ..."

Educação e Redes Sociais

EDUCAÇÃO E REDES SOCIAIS    Caberia aos pais e especialmente aos professores guiarem os jovens nessa viagem pelo conhecimento.

Mas não é o que acontece.

Há um temor a princípio infundado de que estimular o acesso à rede nas escolas seria abrir espaço para conteúdos inconvenientes ou causaria uma maior dispersão dos alunos.

Acredito que falte a consciência de que o gerenciamento da situação/aula inclui a orientação, a indicação e também a determinação do conteúdo ou ferramentas a serem acessados.

Muitos vêem nessa atitude uma tendência ditatorial. Mas não é o caso. Trata-se apenas da necessidade de rever as possibilidades, os caminhos pedagógicos necessários diante de um mundo novo para professores, mas que é de conhecimento quase natural para os alunos.

Neste contexto, deve ficar claro que o conhecimento e os anseios dos alunos devem ser respeitados, mas que o direcionamento deve ser do professor.

Os conteúdos e ferramentas que serão explorados deverão ser pesquisados e absorvidos pelo professor de forma a dominar seu uso.

Dentro do Universo da Internet, o fenômeno mais recente e retumbante são as redes sociais.

E a participação de brasileiros nelas, surpreendeu o mundo!

Somos maioria no Orkut, no Facebook, no MSN e estamos chegando lá no Twitter sem falar nas redes menos conhecidas.

As redes talvez sejam o supra-sumo da democracia no mundo.

Nelas não há critérios seletivos para a adesão.

Estão lá pessoas de todas as idades, credos e posicionamentos políticos.

È claro que tanta diversidade também traz problemas, mas neste texto, vamos ignorá-las para nos atermos aos benefícios desses canais de informação.

Revisitando as redes citadas aqui, constatei que até existem tentativas de uso educacional, especialmente no Orkut que tem comunidades voltadas para várias matérias curriculares, porém, é possível constatar também, que a adesão, inclusive de professores é muito pequena, principalmente se comparadas às comunidades de assuntos diversos da educação.
 Fala-se em criar redes próprias em escolas (particulares a princípio) para evitar que os alunos atentem para assuntos gerais das redes ao invés de participar e utilizar o conteúdo educacional proposto.

Acredito que as redes devem ser usadas da forma que foram propostas. Uma forma livre que oferece a possibilidade de escolhas pessoais.

É um engano dizer que as redes sociais são usadas para banalidades apenas. Banalidades atraem como em qualquer ambiente.

A tendência do ser humano é unir-se aos seus iguais, buscar por seus hábitos, interesses e pelo atendimento de suas necessidades.

Assim, no universo de milhões de usuários, é totalmente possível, aderir a grupos de igual interesse.

Nesse contexto, as escolas e os professores, devem agir como os "fundadores" de grupos ou comunidades nas redes sociais voltadas para os interesses pedagógicos das disciplinas a lecionar.

A participação dos alunos não pode ser opcional, como não são as aulas convencionais, mas também não podem ser vistas por eles como uma forma de economia financeira ou logística de escolas e professores, como é comum ouvirmos de estudantes universitários que na maioria das universidades hoje tem uma porcentagem de aulas no sistema EAD.

Os debates virtuais se forem feitos de forma descontraída e interessante, promovendo informações mais amplas e lúdicas em muito pouco tempo poderão arrecadar o interesse e a participação dos alunos, ou mesmo de professores quando as redes sociais forem usadas por grupos de desenvolvimento profissional.

Quando se fala no assunto, é questionado o fato de que a linguagem usada pelos usuários da rede foge aos critérios da língua culta.

Este ponto, porém, não é de difícil solução.

Há duas saídas possíveis, considerando-se apenas que a escola e os educadores mantenham as normas cultas, de forma menos radical, usando por exemplos as abreviações comuns na comunicação virtual, o que não fere em nada as regras gramaticais, mas ao contrário trazem mais um ensinamento.

Opção 1 – Permitir uma linguagem coloquial.

Opção 2 – Determinar regras, entre elas a utilização tradicional do vernáculo evitando gírias e expressões idiomáticas.

Mas convenhamos, a opção dois só faz sentido realmente na disciplina Língua Portuguesa!

Estou convencida que o uso das redes sociais de forma mais abrangente, traria inúmeros benefícios para a educação, entre eles:
 - A aproximação da escola e do educador do universo cotidiano dos estudantes

- A possibilidade de troca de informações com outros estudantes e entre professores

- A observação das dificuldades de cada grupo, que poderiam ser analisadas e solucionadas, talvez, se necessário, em aulas tradicionais.

- Maior agilidade na absorção das informações

- Ampliação do conhecimento através da indicação de links confiáveis sobre os assuntos tratados e também a comparação entre os conteúdos oferecidos por eles.

- O acréscimo de ferramentas como imagens, vídeos e som que remetam ao conhecimento almejado, fixando melhor a informação.

- Para o professor, cria-se assim, um ambiente menos estressante e de controle mais eficaz.

As possibilidades são inúmeras. É preciso aderir às novas ferramentas para que o espaço da educação através delas seja garantido ao invés de oferecê-lo a questões menos produtivas e relevantes.

A educação no Brasil sofre de um declínio de qualidade intenso e constante há pelo menos quatro décadas.



Nesse período, abandonamos as teorias clássicas de pedagogia para adotar métodos considerados "mais liberais"

Desmistificou-se a figura do detentor de saber, antes incorporada pelo professor e passamos a ver o ambiente de aprendizagem como um lugar de troca de conhecimentos.

Pelos resultados obtidos no Brasil e pela atitude de outros países mais desenvolvidos que abandonaram as técnicas mais liberais (como o construtivismo), faz-se necessária uma revisão dos motivos e de novas saídas para a situação.

Pelo contato com professores e alunos de todos os níveis de escolaridade e também profissionais de nível universitário, percebo uma sensação de desorientação sobre os rumos a tomar diante do fracasso educacional e da percepção da insuficiência de conteúdo obtido na formação profissional.

Discute-se efusivamente a necessidade de formação técnica no país, algo que foi feito com sucesso nos anos 60, 70, mas não é questionada a existência de professores com base consistente para oferecer a tal formação técnica.

Acredito que o fracasso de nossa educação é fruto da ânsia por liberdade surgida no período pós ditadura militar.

Confundiu-se liberdade com liberalidade, com abandono de regras de forma absoluta.

Neste contexto, o professor deixou seu papel de autoridade máxima na sala de aula.

A troca de conhecimento entre professor e aluno é válida e sabemos que muitas vezes o professor aprende muito com seus pupilos.

Porém, os anos de estudo do professor, o conteúdo que ele adquiriu em sua vida acadêmica não apenas não podem ser desprezados como devem ser retransmitidos aos alunos.

A questão de alguns anos para cá é a indiferença dos alunos pelo saber.

Hoje, conhecer ciência, geografia, história, ou a língua pátria não causa interesse em crianças e adolescentes.

Ou será que o que não os interessa mais é a sensação de confinamento de uma sala de aula que o afasta daquilo que mais almeja: o contato indireto (virtual) porém imediato não só com seu amigos mas também com o mundo?



A Internet desde os anos 80 oferece às pessoas um universo de possibilidades infinito e com a rapidez exigida em tudo em nosso tempo.

O Brasil, por razões óbvias levou algum tempo para levar esse benefício à maioria de sua população.

Mas paulatinamente, mesmo aqueles que não têm condições financeiras para acessar a rede vêm sendo beneficiados por programas governamentais de todas as esferas de poder nacional.

São os centros de acesso gratuito à rede mundial e as "lan houses" que estão em todos os lugares de forma gratuita ou por valores módicos.

Nas escolas particulares, a rede em geral já está disponível.

Nas públicas, ainda há um longo caminho a percorrer até que todos sejam beneficiados pelo acesso aos computadores e às ferramentas de informática.

Porém, o que registramos com facilidade através dos comentários de professores e alunos em todos os níveis é que tanto nas escolas particulares como nas públicas, o uso da rede mundial e suas redes sociais é desprezado ou subutilizado.

De um lado, crianças, adolescentes e jovens prejudicados por uma história educacional que não lhes proporcionou independência de raciocínio, o que dificulta o uso correto da rede que embora seja quase completa, exige direcionamento na pesquisa e o velho e indispensável bom senso.

De outro, professores que para atender as exigências de sua profissão ficaram presos em burocracia e infinitas horas de preparo de aulas e relatórios (à moda antiga) e que por isso, em geral, não tiveram tempo nem o insight que lhe permitiriam perceber a lâmpada mágica que tinham em mãos.

Desde o advento da rede mundial, sempre nos impressionamos (e deliciamos) com a grande quantidade de conteúdo disponível de forma imediata.

Há de tudo na rede e nem tudo é confiável.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Será o Benedito?

                                                         
               Hoje, posto mais um texto de convidado, a amiga @marisacruz que tem um projeto de educação ambiental simples e fantástico!   

             Agradeço à Marisa pela colaboração.

              Lá vai:  
     
Este projeto, idealizado por Marisa Cruz, embasado nos conceitos de cidadania, arte e sustentabilidade, tem como objetivo desenvolver no ser humano o espírito de conscientização e preservação da vida e do planeta, de forma continuada e não apenas uma ação pontual.

É aplicado em grupos de Estudantes das escolas públicas, na faixa etária de 11 a 15 anos que serão os futuros atores e agenciadores (família, comunidade) desta mudança de atitudes e se tornando cidadãos educacionais universais.
  
O objetivo é alcançar o maior número de cidadãos da comunidade para que esta ação se torne permanente e beneficie a todos.

Temas da realização das oficinas:
1. Meio ambiente;
2. Tratamento adequado do reciclável;                                            
3. A manipulação das ferramentas;
4. Preparação dos materiais;
5. Construção dos objetos propostos;
6. Finalização e acabamento.

Metodologia:
Através de linguagem artística e plástica mediar à oficina, buscando de forma construtiva a confecção de objetos a partir do reciclável. 
           
          Sendo simples e dinâmico, o projeto consegue facilmente despertar o interesse do homem para a sua capacidade de mudar a realidade atual apenas com a mudança de pequenos hábitos no seu dia a dia, alcançando maior qualidade de vida, autonomia e independência.     
               
              Para que o projeto possa ser incorporado como ação efetiva, criou-se um elo: benditobenedito@gmail.com para um diálogo direto e assim promover o desenvolvimento cultural, social e educacional, considerando as especificidades de cada um.
Como parte integrante deste conjunto haverá a distribuição da cartilha intitulada "será o Benedito?", composta por 20 lâminas com o personagem principal Benedito “O bendito” que, de maneira graciosa e inteligente nos dá dicas para serem adotadas em nosso cotidiano, favorecendo a vida e a preservação do planeta.     
                 
     A figura do Benedito, com seus traços que simbolizam a Terra, a Natureza, a Água e a Força Afetiva (coração) das crianças e adolescentes, promove a identificação com o personagem.
                                                                         
                        

                                                         

                             Personagem - Herói que luta pela conscientização da destruição que nos cerca e nos ameaça e pela transformação ativa e contínua da relação do ser humano com a comunidade, com o meio ambiente, com a natureza, com o planeta, enfim com a própria vida.



"Vestir a camisa com o Benedito" é tornar-se ator desta transformação".

            SERÃO AS MÃOS DESTES ATORES QUE
                                                                ESCREVERÃO UMA NOVA HISTÓRIA.

P.S. Quem tiver interesse, há uma sacola retornável e dobrável! com a imagem do Benedito.
Consultem a @marisacruz nno Twitter.






domingo, 5 de junho de 2011

Nova Lei

Na Veja desta semana, Gustavo Ioschipe que vcs sabem, admiro muito pelas ideias tão básicas mas tão bem colocadas, faz um pequeno resumo de sua participação na caravana do JN, onde visitaram escolas em vários estados, as melhores e as piores de cada cidade visitada.

Ao final de seu artigo, faz a seguinte sugestão: "As escolas públicas do país deveriam ser obrigadas por lei a por seu Ideb em placa de 1 metro quadrado em uma escala gráfica mostrando sua nota de 0 a 10. (...)A maioria dos pais e professores hj não sabe se a escola do filho é boa ou ruim, e se, esperamos que consultem o site do MEC, seremos o país do futuro por mais muitas gerações. Mande um e mail para seu deputado e exija essa lei"

Gosto e apoio a ideia da lei.

Porém, não acredito que servirá para muita coisa, pelos motivos que seguem:

- a maioria dos pais não faz a menor ideia do que venha a ser o Ideb.

- em geral os pais não podem escolher onde seus filhos vão estudar. Ou por falta de opção ou por necessitarem de alguma logística para viver. E aí, colocam os filhos na escola mais próxima de casa ou no caminho do trabalho.

- expor o índice das escolas com certeza provocará um levante de "politicamente corretos" ou dos adeptos a colocar a palavra bullying diante de qualquer coisa que os incomode, que dirão que a escola, seus gestores,  seus professores e seus alunos estão sendo humilhados. Afinal, deveríamos fazer uma pesquisa séria para confirmarmos uma hipótese minha: nenhum país supera o Brasil no quesito esconder a verdade, jogar a sujeira para debaixo do tapete.E, fixado na parede, o tapete/placa não segura nada!

Mas repito, a ideia é boa e deveríamos solicitar aos nossos deputados que criassem essa Lei.

Me parece que ela apesar de meus senões, seja mais útil do que renomear pontes, ruas, parques ou justificar gastos com a recepção de uma copa do mundo com o argumento da geração de renda (por trabalho extra, turismo e etc...) mas gastando valores descomunais.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Olá Classe!: Clips X Literatura

Olá Classe!: Clips X Literatura: "Olá Pessoas! Como havia dito, pretendo publicar aqui textos com referências para educadores. Trabalhos executados, teorias, reflexões que ..."