quinta-feira, 12 de novembro de 2015

quarta-feira, 5 de março de 2014

Seres Pensantes - Procura-se



Compartilhar conhecimento sempre foi e continua sendo a melhor ou talvez a única forma de desenvolvimento. 

A adoção de conceitos da administração (planejamento estratégico, visão sistêmica)  da economia (aumento de oportunidades de trabalho) ou mesmo de fundamentos religiosos como o compartilhar sem medo de perder podem sim ajudar e muito.

Porém, temos que cuidar para a realidade de que antes de adotar novas metodologias e conceitos precisamos reabastecer os professores em relação aos novos desafios que nos fazem as novas cabeças (as crianças e jovens que já nasceram conectadas).

Também não podemos partir para a comparação de nossas escolas e da realidade de nossos alunos com a de outros países, outras culturas. Elas podem servir como orientação mas precisam com certeza de adaptações.

A instituição escolar também precisa de cuidados, afinal, não dá para querer os mesmos resultados quando nossos professores tem sob seus cuidados dezenas de alunos muitas vezes em escolas sem condições adequadas e com pouco acesso às novas tecnologias.

Há de se considerar ainda as imensas diferenças entre alunos de escolas públicas e das particulares. O dinheiro não é o único diferencial, mas sim tudo o que ele pode oferecer como o acesso a cultura e meios melhores de buscar a informação.

Já disse várias vezes nos blogs que acho um grande erro pensar no ensino técnico (visando o trabalho) como a grande saída para o Brasil. Isso nos daria bons profissionais, bons "fazedores" em áreas específicas, mas não nos daria o que mais nos faz falta: seres pensantes, com discernimento, capazes de raciocinar e de criar.

Há muito trabalho pela frente! 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Aos Pais e Professores



Em 2014 as aulas, ao menos em São Paulo, recomeçam mais cedo.

Neste 27 de Janeiro, no Estado são 4 milhões de alunos.

No país todo é um batalhão enorme!

Aí, me dirijo aos pais e aos professores: VAMOS FAZER DIFERENTE?

2014, será atípico, com muitos dias livres por causa da Copa que serão somados aos muitos feriados no 1º semestre.

A Copa também vai dispersar a atenção de todos.



Mas não podemos nos esquecer que uma grande parte das dificuldades que o país enfrenta, são resultado da baixa qualidade da educação de nossa população.

Culpados?  Chegamos a um ponto que nomear culpados tornou-se impossível.

Prefiro adotar a ideia de que a culpa é de cada um de nós, aqueles que receberam alguma educação, que tem condições de trocar informações e assumimos nossa parte na reconstrução do país.

Professores são responsáveis pela transmissão e a construção do conhecimento. 

Pais são responsáveis pela transmissão da noção de direitos e deveres, dos conceitos de civilidade, pelo interesse nos estudos e nisso, os professores são meros colaboradores.

Ou seja: a base vem de casa, da família, dos que cuidam do aluno na vida.

Porém, a base não se mantém se for desconsiderada pelos professores... 

Portanto, pais e professores: UNI VOS!

E já que falamos na Copa, dou uma sugestão aos professores. Não permitam que a dispersão causada pelos jogos que citei lá no início nos seja prejudicial.

Ao contrário! Aproveitem  o vasto material que a realização da Copa nos trará.

Digo "nos trará", porque eu vou usar isso com minha neta, assim como fiz com os filhos e nos grupos de orientação de professores.

É muito simples e funciona! Basta observar o seguinte:

- Professores de Geografia e História podem trabalhar com conteúdo relativo aos países participantes.

- Professores de Ciências podem considerar a questão do preparo físico dos atletas, das questões relacionadas à física ao pensar a velocidade ou a trajetória das bolas.

- Professores de Português podem observar os diversos depoimentos, entrevistas, comentários e criar aulas incríveis com eles, além de aproveitar a presença de países que também falam o idioma.

- Professores de Matemática (argh! ops! desculpem!) podem falar das probabilidades, dos resultados numéricos do evento.

- os de Educação Física... bem, com esses acho que nem preciso falar!

E por aí vai.

Infelizmente, não daria para falar de tudo o que é possível fazer em um espaço tão limitado como este. Estarei a postos para opinar, basta que enviem comentários.

Este post, não está considerando todos aqueles problemas que a educação enfrenta e que todos nós conhecemos. Esses, a gente aborda em outro momento.

A intenção aqui foi apenas chamar a atenção para estratégias simples e capazes de transformar o dia a dia de alunos e professores.



terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos Professores



15 de Outubro, dia do professor.

Várias cidades do país fervem com manifestações da categoria. Pedem melhores salários e planos de carreira.

E ninguém pode discordar, deveriam ser profissionais regiamente pagos já que são eles que formam todos os outros profissionais.

Estamos em um momento péssimo quando se fala em educação. A desinformação e a ignorância reinam no país de norte a sul em todos os níveis escolaridade.

Se não fossem iniciativas isoladas seria pior ainda.

Isso é fruto de anos de descaso dos governos, de silêncio da população, do surgimento de escolas e universidades de qualidade duvidosa e também de confusões geradas por uma miscelânea de teorias e filosofias adotadas (e abandonadas) em outros países e que estão a anos luz  de nossa realidade.

Valorização tem que estar ligada a evolução da qualidade.

Mas hoje (e sempre), são eles que tem que botar a boca no trombone.

Para mim, sempre é um dia de boas lembranças. Lembranças carinhosas pelos professores que tive durante toda a vida. Desde a do 1º ano, D. Bernadete até os da pós.

Hoje, amigos que estudaram comigo são professores. Tenho certeza de que são bons porque a semente de que vieram era muito especial.

As redes sociais nos permitem ter contato com alguns que fizeram parte de nossa formação, inclusive autores dos livros que lemos!

Por isso, ainda acho que podemos melhorar a educação no país. Trocando experiência, buscando mais e mais informação e influenciando jovens e seus pais sobre a importância disso para o futuro do país e das novas gerações.

E isso, só se faz com bons professores.

Parabéns a todos eles!  

domingo, 26 de maio de 2013

Tradição e e evolução




Minha neta estuda em um colégio católico tradicional na região, muito antigo, muitos alunos e bem caro. Só está lá por insistência do pai que também estudou nele e guarda excelentes lembranças.

Tenho que admitir que a base estrutural da educação de meus filhos e o conhecimento acima da média que eles tem são resultado do que receberam no ensino fundamental.

Mas já no tempo deles (há mais de 20 anos!), eu tinha uma restrição ao que via acontecendo ali. Em períodos de fechamento de notas, quando as crianças tinham que entregar trabalhos, via na porta da escola que a maioria dos pais discutiam as notas recebidas pelos filhos. Comparavam desempenho mostrando os trabalhos entregues de uns e outros. Em geral notas boas. Até aí, tudo certo.
.
O problema é que os trabalhos com maiores notas eram evidentemente feito por adultos!! E não era difícil confirmar isso. Facilmente os pais faziam comentários sobre quanto tempo precisaram para executar as tarefas....

Eu já me perguntava como os professores podiam aprovar isso?  Mas o faziam.

Aqueles alunos são os empresários, profissionais liberais e trabalhadores de hoje, inclusive professores. O que esperar deles?

Mais tarde, filhos de amigos que os tiveram mais tarde (cerca de 5, 7 anos de diferença) também estudaram lá e alguns até o final do ensino médio. A formação foi muito boa, mas seus pais também observavam as mesmas preocupações que eu. 

Acompanhando o desenvolvimento deles, percebia que bons alunos eram mais bem aceitos por lá e que os mais problemáticos acabavam, com mais dificuldades, sendo aprovados ao final .

Há dois anos uma amiga pediu indicação sobre o colégio. Eu disse que aprovava e contei da herança que deixaram aos meus filhos e aos de amigos.

A tal aluna foi matriculada. A menina vem de uma família de gente muito dedicada aos estudos, é tremendamente inteligente e esforçada. Estava nos últimos anos do fundamental. Suas notas eram todas máximas. Em pouquíssimo tempo (algo como 3 meses) passou a ser isolada pelos colegas, ridicularizada, enfim, o tal do bullying. Sugeri a mãe que procurasse a escola porque eles tomariam alguma providência. Ela foi, e para minha surpresa foi dito à ela que sua filha não se adaptara a escola!! A mãe, diante de tal falta de pulso, tirou-a do colégio, claro.

Espantada, comentei o fato com uma ex aluna que estudou na escola a vida inteira. Ela ainda não me explicou porque, mas a filha dela não foi matriculada lá...

Até aqui, podemos registrar dois erros graves:

1 - A escola que ao invés de estimular a responsabilidade dos alunos, fecha os olhos para interferências sem ética alguma dos pais.
2 - A escola que para não ter um trabalho danado, evita lidar com o bullying em relação a alunos acima da média, defendendo os menos interessados.

Agora, outro dia, vejo que minha neta ganhou fora de hora (não era aniversário, natal, etc) um desses jogos eletrônicos caros e sofisticados.

 Fiquei quieta, mas logo veio a explicação. No primeiro "dia de levar brinquedo", uma espécie de "casual day" infantil,  minha neta (6 anos) escolheu um livro de colorir com jogos do tipo forca, pontilhados.... no segundo, as bonecas favoritas, depois sei lá o que , mas sempre brinquedos, coisas de crianças.

 Só que a mãe dela percebeu que ela chegava em casa contando que os colegas levavam lap tops, video games e celulares (ela tem um mas não leva pra aula!) e por isso comprou o tal aparelhinho.



Eu não sei o que vocês acham disso.

Eu, sou a favor 100% da inclusão da tecnologia nas aulas, afinal, essas crianças já nasceram digitais e é inegável que esses instrumentos ampliam o mundo de qualquer um.

Porém, também sou 100% favorável à manutenção daquilo a que se chama infância!! Um tempo de interação, de socialização e aprendizado.

Pular das brincadeiras inocentes que nos ajudam a construir nossa realidade futura, para um mundo digital onde temas como violência, disputas acirradas, morte e renascimento instantâneos e sem consequências estão sempre presentes, pode fazer com que percamos totalmente o fio da meada de nossa sociedade...

E aí, registro aquele que chamo de erro número 3 - A escola sendo conduzida e não conduzindo.

Já combinamos que falaremos do fato na próxima reunião.

Afinal, escreveu e leu o pau comeu???

Aqui, prefiro a tradição no lugar da tal evolução.

quinta-feira, 7 de março de 2013

SOS Educação São Paulo

Dia desses li no Twitter uma notícia sobre as escolas de período integral em São Paulo que me deixou perplexa!

Segundo a notícia (que depois confirmei em várias publicações) os alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental dessas escolas não terão em seus currículos as disciplinas : Ciências, Geografia e História!


As 8 horas passadas na escola serão divididas entre 60% para o Português e 25% para Matemática, mais Educação Física e Artes.



O que se pretende com isso?

Tenho visto pela mídia discussões sobre a idade ideal para a alfabetização e algo como a diretriz de que ela deverá estar completa no 3º ano. Esta é outra história que sinceramente me incomoda tanto que não fui atrás de informações mais concretas.

O que aconteceu com as crianças que liam e escreviam ao final do 1º ano?

Vamos nos ater à primeira notícia tenebrosa.

Qual a razão deste reducionismo?

O que queremos para nosso país? Uma população apenas capaz de fazer contas e ler ou escrever textos?

E para que alguém quer ler e escrever se seus horizontes foram privados de tudo que o conhecimento em história e Geografia pode nos proporcionar?



Como podemos reclamar da pequena quantidade de cientistas em ação no país se privarmos nossas crianças de fazerem aquelas primeiras experiências em ciências físicas, químicas e biológicas que tanto as deixa felizes e curiosas? 





Sou de uma geração que lamenta a extinção de matérias como Educação Moral e Cívica (EMC), Organização Social e Política (OSPB) que ao menos nos atavam ao interesse pela vida cidadã. Lamentamos também a extinção do francês e do latim, tão úteis para uma melhor compreensão do português...

Mas vá lá! OSPB e EMC ficaram com cara de coisa da ditadura e aí muitos as rejeitam, o que é uma grande bobagem. Latim nem deve ter professores suficientes hoje em dia e a França perdeu para os yankees em importância por aqui lamentavelmente.

Mas daí a abandonar Ciências, História e Geografia? Não faz sentido nenhum.

As matérias não são excludentes. Estudar História é um excelente caminho para reforçar o Português. 

Estudar Geografia nos permitiu sempre saber em parte para que afinal servem a Matemática! 

Pensar que as crianças de hoje não seriam capazes de aprender a ler e escrever ao mesmo tempo que estudam as outras matérias é admitir que tem um déficit intelectual gravíssimo.

As crianças de escola pública em geral não tem em casa estímulo que abram seus horizontes para algo além do básico.Hoje, isto é tarefa da escola.

Limitá-las ao mínimo essencial é traçar para elas um futuro ainda mais medíocre.

Eu sinceramente não sei qual foi o caldeirão de erros que nos trouxe a este momento horroroso de nossa educação. Eu, particularmente acredito que uma das razões foi a adoção do construtivismo há algumas décadas. Essa teoria supõe o conhecimento auto construído em bases individuais. Isto pode ser muito bom quando se tem meia dúzia de crianças para ensinar, não um país inteiro!. O método foi abandonado há tempos na maioria dos países inclusive na própria França sua maior entusiasta.

Que saudade de Branca Alves de Lima!








E se os alunos de hoje não conseguem chegar ao final do 1º ano lendo e escrevendo e portanto precisam de um mergulho exclusivo em poucas matérias acho que algo está errado e não é com elas, é com os professores ou com os métodos educacionais adotados.

Por favor, não criem mais uma geração perdida.

Permitam que ela possa pensar de forma crítica e com conhecimento, para que possam reconstruir este país.

 Ou então, permitam a educação "in home", quem sabe alguns adotem crianças que precisem dela para ter acesso às maravilhas de um conhecimento amplo e produtivo?

Dá prá alguém fazer alguma coisa?! 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Dica de Livro

Olá Pessoas,

Passando só pra indicar um livro: Gonzaguinha e Gonzagão de Regina Echeverria.

Quem gosta ou tem interesse na história da música, do rádio e do mercado fonográfico brasileiro vai adorar!

Até mais e boa leitura