terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Educar para Crescer

Quando falamos em educação, em geral discutimos conteúdo programático das escolas, preparo de professores e a participação indispensável das famílias no acompanhamento da vida escolar dos filhos.

Tudo isso é indispensável

Porém, chegamos a um ponto de degradação, onde ou todos nós entramos na luta ou jamais chegaremos a algum lugar.

Quero falar da educação mais ampla, aquela que foge das responsabilidades da escola. 

Aquela que é devida aos pais, aos que orientam crianças e jovens e que também se perdeu nas últimas 4, 5 décadas.

Muito tempo passou desde aquela época quando um olhar dos pais já nos dizia muito ou que a princípio, figuras de autoridade (pais, sacerdotes, professores, etc.. ) eram respeitadas.

Em algum ponto começamos a soltar as rédeas, transferir responsabilidades e deu no que deu.

Hoje, fica até difícil fazer com que as tais figuras de autoridade sejam respeitadas já que nos chegam informações tenebrosas a respeito delas. Afinal, elas também fazem parte deste grupo de rédeas frouxas....

Todos conhecem os arroubos típicos das crianças e dos jovens. Eles acreditam que podem tudo, que conhecem tudo.

E os mais velhos descobriram em algum momento da vida que isso é pura ilusão, resultado das explosões hormonais misturadas a pouca experiência.

Mas chegamos num tempo onde eles não apenas se iludem, botam em prática seus delírios de potência.

E não dá pra saber onde o resultado disso é pior: se nas classes mais baixas onde o resultado costuma ser a prisão ou a morte precoce ou nas classes mais altas onde após investir grandes quantias na liberdade (através de fianças, advogados ou propinas) os responsáveis (quando o são) sabem que vão continuar com o coração aos pulos com o reforço oferecido à sensação de "tudo posso e me saio bem".

Buscar caminhos para melhorar isso não é ato individual, é coletivo.

Precisamos do envolvimento de toda a sociedade e de uma postura responsável em relação a essa situação.

Minha sugestão do dia?

Penso que todos podemos colaborar. Além de tudo aquilo que já sabemos e que se refere ao papel dos pais, família, professores, estado, autoridades, amigos, religiões, acredito também que os empresários, comerciantes e prestadores de serviço podem gerar espaço para essa educação global.

Um país não pode crescer com uma população de vândalos, corruptos  e egoístas à la Lei de Gerson.

Alguns vão dizer que é assim que estamos crescendo.

Não, não estamos; estamos sim nos perdendo em dinheiro. E dinheiro ganho a qualquer custo e por qualquer caminho.

Se o mundo do trabalho se preocupar com o comportamento de seus empregados, suas atitudes, sua capacidade de agir com cortesia e em prol do grupo, além obviamente da capacitação, muitos pensariam duas vezes antes de infringir regras.

Há muito o que discutir a respeito, mas deixo a vocês a missão de pensar, comentar, criticar ou seja lá quais podem ser as impressões a registrar sobre o assunto.

Mas acredito piamente em educar para crescer.