sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Olá Classe!: Dia do Professor

Olá Classe!: Dia do Professor: Não poderia deixar passar em branco o Dia do Professor aqui no Olá Classe, que afinal, foi criado para abrir mais um espaço para ...

Dia do Professor








Não poderia deixar passar em branco o Dia do Professor aqui no Olá Classe, que afinal, foi criado para abrir mais um espaço para discutirmos e opinarmos sobre educação.

Quero dar os parabéns aos professores que por aqui passarem.

Vemos muitas notícias sobre reivindicações salariais, registros de classes incontroláveis e outras problemáticas da educação atual. Não que elas não sejam reais. Elas são, e todos sabemos disso.

Sabemos também que não são responsabilidade exclusiva dos professores e suas  escolas, são fruto de anos de uma geração que se perdeu das normas, da ideia do equilíbrio entre direitos e deveres.

Mas não são esses aspectos da vida do professor que me fazem pensar hoje.

O Dia do Professor me traz lindas lembranças de mestres que tive durante a vida.




Teve a professora do 1º ano, doce, carinhosa mas extremamente exigente, D. Bernadete.

Aí veio D. Marlene, excelente mestra que além de suas obrigações pedagógicas nos apresentou lá nos longínquos 3º e 4 anos as dificuldades de lidar com preconceitos. Ela, branca, tinha um namorado negro!

Mais tarde, muitos outros marcaram suas presenças na minha vida. O "maluco" do professor de Artes, Sr Lourenço, que "vivia no mundo da lua", o de física, muito jovem e bonito que tinha dificuldades em nos fazer prestar atenção na matéria! O de história, Prof. Colbert, que além de nos passar o conteúdo de sua disciplina, nos falava da importância de conhecermos a história, inclusive a nossa própriaa. Ah claro! havia Madame Matilde, a de francês, que não admitia uma palavra de português em suas aulas.

Não sei se vocês notaram, mas me refiro à eles como Dona, Sr., Prof.... havia respeito à sua posição. Mas ele não era conquistado apenas pelo título, mas por suas atitudes, pelo seu conhecimento genuíno, por seu preparo e por seu real empenho em nos transmitir conhecimento ao mesmo tempo que valorizavam nossas conquistas e nos repreendiam por eventuais desleixos.

Esse respeito também nos era transmitido pelos nossos pais, que "vendiam" a imagem do professor, como alguém extremamente importante em nossas vidas.

Ou seja, a colaboração escola-família era espontânea, não vinha de decretos.

Depois vieram inesquecíveis mestres na faculdade e na pós graduação, esses porém, eram "menos distantes" de nós, afinal, éramos todos adultos, mas o respeito ainda estava lá, de ambas as partes.

Agradeço a todos eles, de coração.

Minha geração também guarda na lembrança aqueles que criavam caminhos para que nossos professores nos guiassem: os autores de livros didáticos usados por anos a fio, com pequenas alterações entre as edições. Isto hoje não acontece mais, parece que há outros interesses envolvidos além de um bom, firme e relevante conteúdo nos livros adotados.

Me lembro de muitos até hoje: Branca Alves de Lima e seus cartilha e livro "Caminho Suave", Celso Antunes em Geografia, Amabis Martho e Mizuguchi na Biologia, Henry Ey na psiquiatria e os incríveis Faraco e Moura na língua e literatura brasileiras.

Houve muita gente em nossa vida escolar, professores aos quais amamos ou odiamos pelo que nos faziam sentir. Pelas lutas que travávamos com nossas habilidades e dificuldades.

Com o passar dos anos, o que fica é a saudade, um amor genuíno por tudo que nos deram.

Aos professores de hoje, sugiro refletirem sobre a importância de seu papel.

Lecionar, não é uma atividade como outras tantas. È algo muito especial, cria os alicerces de vidas que por sua vez, constroem as nações!

Façam seu trabalho de uma maneira que daqui a 20, 30 anos, alguém escreva algo parecido com este texto, falando de vocês!

Desejo a todos os Professores um dia feliz e cheio de boas lembranças sobre os que lhe deram formação e sobre sua própria performance.

Parabéns!  

http://www.youtube.com/watch?v=2U-nM8Tp78Q

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Reflexões sobre Educação

Antigamente era assim : pais e professores eram as autoridades maiores na vida de crianças, adolescentes e até adultos jovens. Enquanto não se tornassem pais, os filhos dificilmente questionavam essas figuras. Mesmo depois, um olhar de questionamento ou reprovação deles dizia tudo e pensava-se seriamente em uma mudança de rumo.

Ainda havia outras figuras de autoridade a serem respeitadas como os sacerdotes, os policiais, os médicos, os advogados e tantos outros.

Pessoas que estudaram até os anos 40, começo de 50, relatam (com um sorriso saudoso nos lábios) que desvios de norma ou falhas de aprendizagem eram punidos  com algum tempo ajoelhado no milho, com a palmatória ou com repetições intermináveis das lições não compreendidas. Ainda lidava-se com as reprimendas dos pais que eram comunicados pela escola, em geral pela diretora ou professora que era aquela vizinha da casa bonita lá na esquina.

Essas mesmas pessoas aprenderam (em geral muito bem) a língua pátria, sua origem, o latim, sabiam as capitais dos Estados, dos países, tinham como definitivos os registros da história. Faziam cálculos matemáticos "de cor e salteado", usavam coisas como a tabela Price. Ou seja, aprendiam. E aprendiam , não tenho medo de dizer, mais do que quem chega hoje ao ensino médio, ao menos na maioria das escolas.

De meados de 50 até 70, a coisa já era um pouco diferente, embora a questão do respeito à autoridade ainda fosse levado muito à sério. Mas, começaram a questionar a utilidade de alguns conteúdos como o latim, os conceitos de moral e civismo e com o boom da psicologia e dos estudos da pedagogia, "suavizou-se" a questão da disciplina, dos castigos e punições pelo desempenho ruim tanto em aprendizado como em comportamento. As pessoas ainda aprendiam, mas já bem menos do que na geração anterior.

Já eram visíveis as diferenças entre escolas públicas e privadas. Enquanto até o começo dos 70 as públicas eram as melhores e as mais concorridas crescia o número de escolas particulares que traziam inovações pedagógicas.

As escolas públicas já não existiam em número suficiente para todos, os primeiros relatos de insatisfação com salários começaram a surgir. Nas particulares (não todas é claro) um sobrenome importante, ou apenas uma grande conta bancária, passavam a ser passaporte para a aprovação.

No meio disso, houve a necessidade de que a maioria das mães entrassem no mercado de trabalho. Mais ausentes e ocupados, os pais passaram a não mais acompanharem de perto os atos e fatos da vida escolar dos filhos. Os filhos, por sua vez, relaxaram um pouco na auto exigência. Faziam o necessário para a aprovação.

À essa altura do campeonato, as figuras de autoridade foram perdendo terreno. Um "delito" comportamental ignorado somava-se a outro e mais outro. Ainda havia alguma conversa sobre respeito e coisa e tal, mas ela já não surtia um efeito duradouro. Jovens de boa parte do país, transferiram a ideia de admiração e respeito pelas autoridades habituais, para aquelas mostradas pelo cinema, pelas letras das músicas que difundiam ideias sobre o que era ser importante, o que era "bacana", "legal". E nesses novos conceitos não havia espaço para aquele comportamento antigo.

Nas escolas, ainda se optava pela área de estudo preferida: biológicas, humanas, exatas, magistério... e seguia-se ao menos em assuntos que interessavam a cada um.

Com vistas ao crescimento do país, ao assemelhar-se ao mundo desenvolvido, as mudanças começaram a acontecer cada vez mais rapidamente.Principalmente nas escolas públicas que começaram a se multiplicar para atender a demanda, a sobrecarregar os professores com um número cada vez maior de alunos por sala. As instalações já não eram mais tão bem cuidadas e os currículos foram mais e mais modificados, tornando-se restritos ao que parecia absolutamente necessário.
Nas particulares, o crescimento de novas técnicas tomavam forma, formavam bons alunos que também tinham melhores condições econômicas e que portanto, ocupavam os bons postos de trabalho ao final dos estudos. Mas a cada ano, esses privilegiados eram em menor número.

De meados de 70 em diante, sabe-se lá o que aconteceu! Pais atarefados e professores sobrecarregados perderam a capacidade de dialogar e dividir responsabilidades. Já não se sabia mais o que era melhor aprender. Disciplinas eram substituídas, reintegradas e descartadas de tempos em tempos. Ou seja, irmãos por exemplo, já não recebiam a mesma formação.

Paralelamente, a legislação sobre direitos "evoluiu" chegando lá pelo final dos 80 ao ápice da interferência legal na educação de jovens e adolescentes. A psicologia e a pedagogia, vão tornaram-se contrárias a qualquer tipo de "opressão" e liberdade é a  palavra da vez. Pais sentem-se envergonhados e professores proibidos de repreender ou punir alunos. As crianças e os jovens, claro, sentiram´-se cada vez mais à vontade para agir da forma que quisessem....

E quem na infância e na adolescência gosta ou almeja dedicar´se horas aos estudos ou dizer um sim, mesmo que a contra gosto às exigências e diretrizes dos pais?

As coisas foram invertidas (la por meados de 80) ao ponto de vermos pais discutindo com professores por terem sido muito rigorosos na avaliação de alunos, pais que executam tarefas no lugar dos filhos, de forma claríssima mas ignoradas por professores....Junte-se à isso a aprovação continuada e a Lei que impede pais e professores de "molestar" seus filhos com um tapa ou um discurso de horas que permite ao filho acusá-lo de repressor, aquele que traumatiza o pobre coitado que só quer beber álcool aos 14, viajar com amigos aos 15, chegar em casa às 3....

Onde foram parar as figuras de autoridade de que falei lá no começo?

Bem, os pais de hoje, pouco sabem da vida dos filhos, afinal apesar de muni-los de fontes de comunicação, estão sujeitos à sua capacidade e coragem em mentir sobre onde estão, com quem ou fazendo o que querem.

Professores perderam-se nas teorias de ensino que lhes foram impostas mas das quais não conseguem uma folha inteira de justificativas de aplicação. Também estão proibidos de reagir às agressões físicas e verbais a que estão expostos continuamente.

As outras figuras de autoridades como medicos, políticos, sacerdotes, advogados estão hoje nas páginas de escândalos quando não nas policiais.

Aí, hoje tive contato com um "Programa de educação em Valores Humannos" , para ser ensinado nas escolas. Tudo bem, acho o instrumento válido e do jeito que a coisa está um bom caminho. Mas faz sentido necessitarmos disso? Vivenciar  o dia dia baseados em valores humanos não é uma condição mínima para nos considerarmos isso, seres humanos?

Por mais que eu queira, não consigo ser otimista diante de tamanha degradação.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Educação sempre me surpreende!

É incrível, mas o assunto educação sempre me surpreende.
Nunca sei exatamente o que vem pela frente.
No momento, vivo duas situações.
Numa, descubro que mesmo pessoas extremamente bem preparadas, conhecedoras dos seus temas, não percebem ou não compreendem a importância de seus ensinamentos na vida das pessoas.
É como se soubessem que o que fazem é bom, mas não soubessem para o que serve, o que é capaz de acrescentar.
E isso em um mundo onde jovens, crianças e até professores não sabem muito como prosseguir é péssimo.
Todo aquele que de alguma forma tem o objetivo de transmitir conhecimento, precisa buscar bases pessoais mais sólidas, para compreender-se e compreender o outro. Terapia talvez? Sei lá, só sei q algo tem que ser feito.
A outra situação é perceber em crianças de 9, 10, 11 anos, interesse pelo conhecimento ofertado.
Estamos acostumados a ouvir que nossas crianças são incontroláveis e desinteressadas.
Mas tenho tido provas de que não é bem assim.
Eles se interessam (apesar da hiperatividade generalizada), mas me parece que não encontram respaldo para o tal interesse.
Os pais, precisam ouvir as "descobertas" dos filhos.
Professores, tem que acreditar, apesar de tudo, em seu próprio trabalho. 
Pensem um pouco, sobre como vc busca resultados. 
Todos somos responsáveis. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Arte na Educação

Acredito sinceramente no papel da arte na construção de uma vida melhor.

Todos as expressões artísticas promovem uma mobilização interna que expande nossa percepção do mundo.

E esse "upgrade" pessoal é capaz de promover grandes transformações em nossa relação com as pessoas e com a vida.

Por exemplo, Caetano já disse "como é bom poder tocar um instrumento" Rita Lee "dançar para não dançar"...

E é verdade.

Todos que dançam, cantam, atuam, pintam, esculpem, sabem do prazer que essas atividades são capazes de oferecer.

Muitos veem a arte como algo pertencente a pequenos grupos, o dos endinheirados, o dos muito cultos.

Mas isso não é verdade.
A arte pertence ao mundo, é criação do humano inspirada pelo divino.

 Não o divino da religião (embora seja permitido entender assim), mas aquele divino estado de ser, capaz de atravessar fronteiras e tocar a alma, o corpo e a mente de qualquer pessoa.

Além dessa condição primeira da arte, o estado brasileiro  tem a preocupação de oferecer acesso à ela para a população em geral, seja na forma de espetáculos e exposições gratuitos ou na forma de ensino de arte.

E é aí que volto à minha questão favorita: EDUCAÇÃO

Tive duas experiências desalentadoras nesta semana ao conversar com artistas multiplicadores de seus saberes junto à população carente.

Eles relataram as dificulddes encontradas para transmitir a alunos de anos finais do ensino fundamental e a idosos os princípios de suas artes Instrumento( violão) e Teatro.

O motivo?

Alguns dos alunos são analfabetos ou analfabetos funcionais.

Como levar alguém que não sabe ler a ter alguma facilidade em conhecer, interpretar e memorizar uma música ou um texto teatral?

E é por isso que insisto tanto em dizer que educação é o fator fundamental a ser observado, analisado e reconstruido pelos governantes.

Assim como dificulta e minimiza os possíveis efeitos do ensino de artes, a falta de educação inibe a busca por direitos elementares e o cumprimento de deveres como o voto de maneira satisfatória.

Os artistas que se depararam com esse obstáculo não vão desistir, mas sabem que terão grandes desafios pela frente e que provavelmente não poderão executar seus projetos com 100% de aproveitamento.

Então, o que vcs me dizem disso?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

@ericeti e @Crivellari_MG

Meus caros, estou acompanhando seus TTs que discutem educação.
Os raciocínios são corretos, concordo com eles mas na verdade, acreditaria muito mais em um movimento de professores de todo o país, que unidos fossem capazes de realmente dedicarem seu trabalho à educação de seus alunos.
Isso sem reações do tipo: com este salário eu já faço demais.
Se o cara tem que ir até a escola para lecionar, então que o faça como se ganhasse o que merece. Se isso não trouxer benefícios para a geração atual (acho q os benefícios vão demorar a aparecer), trará para as futuras e todos ganharemos.
Esta minha movimentação obviamente inclui o acordo e a colaboração de diretores de escola e coordenadores pedagógicos que, "rebelados" apoiariam as ações dos professores.
Esperar por políticos realmente interessados mais no coletivo do que no próprio brilho e no próprio bolso, por enquanto é bobagem. Ainda não surgiu "o cara" e olha que quem diz isso, acredita em alguns que estão por aí.
Mas, embora acredite em alguns, a educação é coisa para um ser quase especial, totalmente envolvido (utopia?).
Inclui especialmente aqueles professores antigos, que já estão aposentados mas ainda com gas de sobra que passariam a colaborar com os professores mais jovens. Mais ou menos como acontece em alguns estados onde há 2 professores na sala de aula (um como auxiliar) só que aqui, o auxiliar seria o mais experiente que poderia ajudar os mais jovens na reconstrução da educação.
E não adianta tentar me convencer de que os professores antigos não são melhores do que os atuais, mesmo considerando as "n" especializações dos mais jovens. Os resultados da educação no país estão aí estampadas na nossa cara, não deu certo.
Mas, pode dar. Eu quero que dê.
Os envolvidos em educação, antes de especializações precisam de crescimento como pessoas. Abandonar um pouco ou ao menos por um tempo seus egos inflados, sua vaidade, sua auto promoção.
Políticas Públicas e seus criadores também precisam rever suas ações para que possam trabalhar em equipes. Educação não é só aprender a ler e escrever. Inclui outras áreas do conhecimento. Envolve principalmente aprender a pensar....
Meu sonho de infância era criar uma escola ideal. Prá isso seria necessário dinheiro. Eu não o tinha, a escola não saiu. Mas hoje, sei que meu "modelo" era correto, infelizmente não poderei comprovar, mas vou passar o resto dos meus dias, botando a boca no trombone ou os dedos no teclado, expondo meus pontos de vista.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Olá Classe!: Educação e Redes Sociais

Olá Classe!: Educação e Redes Sociais: "EDUCAÇÃO E REDES SOCIAIS Caberia aos pais e especialmente aos professores guiarem os jovens nessa viagem pelo conhecimento. Mas não ..."

Educação e Redes Sociais

EDUCAÇÃO E REDES SOCIAIS    Caberia aos pais e especialmente aos professores guiarem os jovens nessa viagem pelo conhecimento.

Mas não é o que acontece.

Há um temor a princípio infundado de que estimular o acesso à rede nas escolas seria abrir espaço para conteúdos inconvenientes ou causaria uma maior dispersão dos alunos.

Acredito que falte a consciência de que o gerenciamento da situação/aula inclui a orientação, a indicação e também a determinação do conteúdo ou ferramentas a serem acessados.

Muitos vêem nessa atitude uma tendência ditatorial. Mas não é o caso. Trata-se apenas da necessidade de rever as possibilidades, os caminhos pedagógicos necessários diante de um mundo novo para professores, mas que é de conhecimento quase natural para os alunos.

Neste contexto, deve ficar claro que o conhecimento e os anseios dos alunos devem ser respeitados, mas que o direcionamento deve ser do professor.

Os conteúdos e ferramentas que serão explorados deverão ser pesquisados e absorvidos pelo professor de forma a dominar seu uso.

Dentro do Universo da Internet, o fenômeno mais recente e retumbante são as redes sociais.

E a participação de brasileiros nelas, surpreendeu o mundo!

Somos maioria no Orkut, no Facebook, no MSN e estamos chegando lá no Twitter sem falar nas redes menos conhecidas.

As redes talvez sejam o supra-sumo da democracia no mundo.

Nelas não há critérios seletivos para a adesão.

Estão lá pessoas de todas as idades, credos e posicionamentos políticos.

È claro que tanta diversidade também traz problemas, mas neste texto, vamos ignorá-las para nos atermos aos benefícios desses canais de informação.

Revisitando as redes citadas aqui, constatei que até existem tentativas de uso educacional, especialmente no Orkut que tem comunidades voltadas para várias matérias curriculares, porém, é possível constatar também, que a adesão, inclusive de professores é muito pequena, principalmente se comparadas às comunidades de assuntos diversos da educação.
 Fala-se em criar redes próprias em escolas (particulares a princípio) para evitar que os alunos atentem para assuntos gerais das redes ao invés de participar e utilizar o conteúdo educacional proposto.

Acredito que as redes devem ser usadas da forma que foram propostas. Uma forma livre que oferece a possibilidade de escolhas pessoais.

É um engano dizer que as redes sociais são usadas para banalidades apenas. Banalidades atraem como em qualquer ambiente.

A tendência do ser humano é unir-se aos seus iguais, buscar por seus hábitos, interesses e pelo atendimento de suas necessidades.

Assim, no universo de milhões de usuários, é totalmente possível, aderir a grupos de igual interesse.

Nesse contexto, as escolas e os professores, devem agir como os "fundadores" de grupos ou comunidades nas redes sociais voltadas para os interesses pedagógicos das disciplinas a lecionar.

A participação dos alunos não pode ser opcional, como não são as aulas convencionais, mas também não podem ser vistas por eles como uma forma de economia financeira ou logística de escolas e professores, como é comum ouvirmos de estudantes universitários que na maioria das universidades hoje tem uma porcentagem de aulas no sistema EAD.

Os debates virtuais se forem feitos de forma descontraída e interessante, promovendo informações mais amplas e lúdicas em muito pouco tempo poderão arrecadar o interesse e a participação dos alunos, ou mesmo de professores quando as redes sociais forem usadas por grupos de desenvolvimento profissional.

Quando se fala no assunto, é questionado o fato de que a linguagem usada pelos usuários da rede foge aos critérios da língua culta.

Este ponto, porém, não é de difícil solução.

Há duas saídas possíveis, considerando-se apenas que a escola e os educadores mantenham as normas cultas, de forma menos radical, usando por exemplos as abreviações comuns na comunicação virtual, o que não fere em nada as regras gramaticais, mas ao contrário trazem mais um ensinamento.

Opção 1 – Permitir uma linguagem coloquial.

Opção 2 – Determinar regras, entre elas a utilização tradicional do vernáculo evitando gírias e expressões idiomáticas.

Mas convenhamos, a opção dois só faz sentido realmente na disciplina Língua Portuguesa!

Estou convencida que o uso das redes sociais de forma mais abrangente, traria inúmeros benefícios para a educação, entre eles:
 - A aproximação da escola e do educador do universo cotidiano dos estudantes

- A possibilidade de troca de informações com outros estudantes e entre professores

- A observação das dificuldades de cada grupo, que poderiam ser analisadas e solucionadas, talvez, se necessário, em aulas tradicionais.

- Maior agilidade na absorção das informações

- Ampliação do conhecimento através da indicação de links confiáveis sobre os assuntos tratados e também a comparação entre os conteúdos oferecidos por eles.

- O acréscimo de ferramentas como imagens, vídeos e som que remetam ao conhecimento almejado, fixando melhor a informação.

- Para o professor, cria-se assim, um ambiente menos estressante e de controle mais eficaz.

As possibilidades são inúmeras. É preciso aderir às novas ferramentas para que o espaço da educação através delas seja garantido ao invés de oferecê-lo a questões menos produtivas e relevantes.

A educação no Brasil sofre de um declínio de qualidade intenso e constante há pelo menos quatro décadas.



Nesse período, abandonamos as teorias clássicas de pedagogia para adotar métodos considerados "mais liberais"

Desmistificou-se a figura do detentor de saber, antes incorporada pelo professor e passamos a ver o ambiente de aprendizagem como um lugar de troca de conhecimentos.

Pelos resultados obtidos no Brasil e pela atitude de outros países mais desenvolvidos que abandonaram as técnicas mais liberais (como o construtivismo), faz-se necessária uma revisão dos motivos e de novas saídas para a situação.

Pelo contato com professores e alunos de todos os níveis de escolaridade e também profissionais de nível universitário, percebo uma sensação de desorientação sobre os rumos a tomar diante do fracasso educacional e da percepção da insuficiência de conteúdo obtido na formação profissional.

Discute-se efusivamente a necessidade de formação técnica no país, algo que foi feito com sucesso nos anos 60, 70, mas não é questionada a existência de professores com base consistente para oferecer a tal formação técnica.

Acredito que o fracasso de nossa educação é fruto da ânsia por liberdade surgida no período pós ditadura militar.

Confundiu-se liberdade com liberalidade, com abandono de regras de forma absoluta.

Neste contexto, o professor deixou seu papel de autoridade máxima na sala de aula.

A troca de conhecimento entre professor e aluno é válida e sabemos que muitas vezes o professor aprende muito com seus pupilos.

Porém, os anos de estudo do professor, o conteúdo que ele adquiriu em sua vida acadêmica não apenas não podem ser desprezados como devem ser retransmitidos aos alunos.

A questão de alguns anos para cá é a indiferença dos alunos pelo saber.

Hoje, conhecer ciência, geografia, história, ou a língua pátria não causa interesse em crianças e adolescentes.

Ou será que o que não os interessa mais é a sensação de confinamento de uma sala de aula que o afasta daquilo que mais almeja: o contato indireto (virtual) porém imediato não só com seu amigos mas também com o mundo?



A Internet desde os anos 80 oferece às pessoas um universo de possibilidades infinito e com a rapidez exigida em tudo em nosso tempo.

O Brasil, por razões óbvias levou algum tempo para levar esse benefício à maioria de sua população.

Mas paulatinamente, mesmo aqueles que não têm condições financeiras para acessar a rede vêm sendo beneficiados por programas governamentais de todas as esferas de poder nacional.

São os centros de acesso gratuito à rede mundial e as "lan houses" que estão em todos os lugares de forma gratuita ou por valores módicos.

Nas escolas particulares, a rede em geral já está disponível.

Nas públicas, ainda há um longo caminho a percorrer até que todos sejam beneficiados pelo acesso aos computadores e às ferramentas de informática.

Porém, o que registramos com facilidade através dos comentários de professores e alunos em todos os níveis é que tanto nas escolas particulares como nas públicas, o uso da rede mundial e suas redes sociais é desprezado ou subutilizado.

De um lado, crianças, adolescentes e jovens prejudicados por uma história educacional que não lhes proporcionou independência de raciocínio, o que dificulta o uso correto da rede que embora seja quase completa, exige direcionamento na pesquisa e o velho e indispensável bom senso.

De outro, professores que para atender as exigências de sua profissão ficaram presos em burocracia e infinitas horas de preparo de aulas e relatórios (à moda antiga) e que por isso, em geral, não tiveram tempo nem o insight que lhe permitiriam perceber a lâmpada mágica que tinham em mãos.

Desde o advento da rede mundial, sempre nos impressionamos (e deliciamos) com a grande quantidade de conteúdo disponível de forma imediata.

Há de tudo na rede e nem tudo é confiável.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Será o Benedito?

                                                         
               Hoje, posto mais um texto de convidado, a amiga @marisacruz que tem um projeto de educação ambiental simples e fantástico!   

             Agradeço à Marisa pela colaboração.

              Lá vai:  
     
Este projeto, idealizado por Marisa Cruz, embasado nos conceitos de cidadania, arte e sustentabilidade, tem como objetivo desenvolver no ser humano o espírito de conscientização e preservação da vida e do planeta, de forma continuada e não apenas uma ação pontual.

É aplicado em grupos de Estudantes das escolas públicas, na faixa etária de 11 a 15 anos que serão os futuros atores e agenciadores (família, comunidade) desta mudança de atitudes e se tornando cidadãos educacionais universais.
  
O objetivo é alcançar o maior número de cidadãos da comunidade para que esta ação se torne permanente e beneficie a todos.

Temas da realização das oficinas:
1. Meio ambiente;
2. Tratamento adequado do reciclável;                                            
3. A manipulação das ferramentas;
4. Preparação dos materiais;
5. Construção dos objetos propostos;
6. Finalização e acabamento.

Metodologia:
Através de linguagem artística e plástica mediar à oficina, buscando de forma construtiva a confecção de objetos a partir do reciclável. 
           
          Sendo simples e dinâmico, o projeto consegue facilmente despertar o interesse do homem para a sua capacidade de mudar a realidade atual apenas com a mudança de pequenos hábitos no seu dia a dia, alcançando maior qualidade de vida, autonomia e independência.     
               
              Para que o projeto possa ser incorporado como ação efetiva, criou-se um elo: benditobenedito@gmail.com para um diálogo direto e assim promover o desenvolvimento cultural, social e educacional, considerando as especificidades de cada um.
Como parte integrante deste conjunto haverá a distribuição da cartilha intitulada "será o Benedito?", composta por 20 lâminas com o personagem principal Benedito “O bendito” que, de maneira graciosa e inteligente nos dá dicas para serem adotadas em nosso cotidiano, favorecendo a vida e a preservação do planeta.     
                 
     A figura do Benedito, com seus traços que simbolizam a Terra, a Natureza, a Água e a Força Afetiva (coração) das crianças e adolescentes, promove a identificação com o personagem.
                                                                         
                        

                                                         

                             Personagem - Herói que luta pela conscientização da destruição que nos cerca e nos ameaça e pela transformação ativa e contínua da relação do ser humano com a comunidade, com o meio ambiente, com a natureza, com o planeta, enfim com a própria vida.



"Vestir a camisa com o Benedito" é tornar-se ator desta transformação".

            SERÃO AS MÃOS DESTES ATORES QUE
                                                                ESCREVERÃO UMA NOVA HISTÓRIA.

P.S. Quem tiver interesse, há uma sacola retornável e dobrável! com a imagem do Benedito.
Consultem a @marisacruz nno Twitter.






domingo, 5 de junho de 2011

Nova Lei

Na Veja desta semana, Gustavo Ioschipe que vcs sabem, admiro muito pelas ideias tão básicas mas tão bem colocadas, faz um pequeno resumo de sua participação na caravana do JN, onde visitaram escolas em vários estados, as melhores e as piores de cada cidade visitada.

Ao final de seu artigo, faz a seguinte sugestão: "As escolas públicas do país deveriam ser obrigadas por lei a por seu Ideb em placa de 1 metro quadrado em uma escala gráfica mostrando sua nota de 0 a 10. (...)A maioria dos pais e professores hj não sabe se a escola do filho é boa ou ruim, e se, esperamos que consultem o site do MEC, seremos o país do futuro por mais muitas gerações. Mande um e mail para seu deputado e exija essa lei"

Gosto e apoio a ideia da lei.

Porém, não acredito que servirá para muita coisa, pelos motivos que seguem:

- a maioria dos pais não faz a menor ideia do que venha a ser o Ideb.

- em geral os pais não podem escolher onde seus filhos vão estudar. Ou por falta de opção ou por necessitarem de alguma logística para viver. E aí, colocam os filhos na escola mais próxima de casa ou no caminho do trabalho.

- expor o índice das escolas com certeza provocará um levante de "politicamente corretos" ou dos adeptos a colocar a palavra bullying diante de qualquer coisa que os incomode, que dirão que a escola, seus gestores,  seus professores e seus alunos estão sendo humilhados. Afinal, deveríamos fazer uma pesquisa séria para confirmarmos uma hipótese minha: nenhum país supera o Brasil no quesito esconder a verdade, jogar a sujeira para debaixo do tapete.E, fixado na parede, o tapete/placa não segura nada!

Mas repito, a ideia é boa e deveríamos solicitar aos nossos deputados que criassem essa Lei.

Me parece que ela apesar de meus senões, seja mais útil do que renomear pontes, ruas, parques ou justificar gastos com a recepção de uma copa do mundo com o argumento da geração de renda (por trabalho extra, turismo e etc...) mas gastando valores descomunais.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Olá Classe!: Clips X Literatura

Olá Classe!: Clips X Literatura: "Olá Pessoas! Como havia dito, pretendo publicar aqui textos com referências para educadores. Trabalhos executados, teorias, reflexões que ..."

terça-feira, 31 de maio de 2011

Clips X Literatura

Olá Pessoas!

Como havia dito, pretendo publicar aqui textos com referências para educadores. Trabalhos executados, teorias, reflexões que colaborem com o trabalho desses profissionais indispensáveis para qualquer país. 

Hoje,  meu primeiro convidado, José Antonio Klaes Roig, multiplicdor de informática educativa do Núcleo de Tecnologia Educacional de Rio Grande - RS - Brasil.

O autor é Mestre em letras (área História da Literatura), especialista em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem e especialista em Mídias na Educação.

E também, é uma amigo virtual há bastante tempo!

O @Zeroig é o primeiro a publicar no Olá Classe por ter sido um dos meus inspiradores para a criação de um blog específico sobre educação. Isso aconteceu quando ele me contou pelo Twitter de um trabalho que realizou agregando vídeos à Literatura. Gostei muito da proposta, algo que sempre tive em mente, mas que por não atuar na área nunca tive a oportunidade de realizar.

Portanto, estou muito feliz com esta estréia,  agradeço ao @zeroig pela colaboração e aproveito para parabeniza-lo por seu trabalho.
Conheçam também o http://educa-tube.blogspot.com

E claro, volto a dizer: colaborem com nossas discussões e propostas, enviando comentários. 

O Brasil precisa do envolvimento de todos para recuperar a qualidade de nossa educação.

Omitir-se é um grande erro e as consequencias dela vão atingir toda a nação. 

Então, senhoras e senhores, com vocês meu primeiro convidado e um resumo (bem resumido rsrsrs) de seu trabalho:




As mídias no processo de ensino-aprendizagem de Literatura e no incentivo à leitura

O projeto Clipes que Parecem Curtas, foi criado e 2010, amparado na Poética do Olhar, ou seja, buscar no aluno uma visão crítica, social, educacional e poética, levando em conta a sua visão de mundo. 
Já dizia Paulo Freire que “a leitura de mundo antecede a leitura da palavra”. Portanto, a relevância deste trabalho justifica-se pela intenção de unir as mídias, tanto informática (internet, microcomputador, datashow e videoclipes) como impressa (livros e revistas) num diálogo entre a Língua Portuguesa e a Literatura, entre a leitura da palavra e a leitura da imagem; unindo também, além da Língua Portuguesa e da Literatura, a Arte e a Cultura, a História e a Sociedade, dentro da linha de pesquisa Literatura e Ensino (Educação e Tecnologia).
O projeto foi retomado em 2011 com alunos do ensino médio. Entre os video clipes utilizados está “Minha Alma” da banda O Rappa, de 1999, que foi compardo a fragmentos da obra literária clássica brasileira “O Cortiço” de Aluizio de Azevedo. Após as duas abordagens (ver o cliip e ler os trechos do livro) foi solicitado aos alunos que produzissem pequenos textos com suas percepções.
A base deste trabalho foram algumas teorias do construtivismo como a Flexibilidade Cognitiva e a Aprendizage significatiiva e também considerou alguns teóricos como C. Rogers, P. Freire e D.P.Ausubiel.
Conforme Rogers, “A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significados para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio”
Replicar o mundo do jovem é incorporar às estratégias pedagógicas elementos desse mundo : os clips, os video games, a net.
E o projeto contou com três fases: exposição de vídeos, leitura de fragmentos, interpretação e produção de texto.
Seguem os links do material utilizado:


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Minha Alma, de O Rappa (videoclipe)
O Cortiço, de Aluízio Azevedo (resenha crítica)
 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Enqto Isso

Enquanto aguardo os textos dos convidados que postarão aqui, e já que nenhum voluntário faz comentários por conta própria e só prá sinalizar, resolvi tagarelar um pouco.
A Globo apresentou na semana uma série de reportagens abordando a educação no país. E acompanhados pelo excelente pensador (embora economista rsrsrs) Gustavo Ioschpe. Boa iniciativa, ao menos chama a atenção de muitos, já que indiscutivelmente a maioria da população dá muita credibilidade ao que a Globo apresenta.
Eu sinceramente ainda não tive tempo de ver as matérias, mas quando as vir devo ter mais alguma coisa prá dizer.
De verdade eu gostaria que as pessoas, especialmente os interessados em educação, tomassem seus lugares nos poucos lugares de que dispomos, como as redes sociais e blogs como este, mas... a grande maioria ainda prefere ficar no sofá discutindo com os apresentadores do jornal e com os companheiros de assistência ao vídeo.
Mas, alguns gatos pingados (no caso uma gata), aproveitam oportunidades importantes para falar o que sentem e assim atender ao clamor de muitos outros. Foi o caso do discurso da profª Amanda Gurgel cujo link que recebi de @maria_fro no Twitter reproduzo aqui :     http://goo.gl/V9KcP    Acho indispensável que todos assistam, moça coerente e corajosa.
A semana também trouxe um especial da Veja intitulado Uma Geração Descobre o Prazer de Ler que fala de algo que já disse lá no de Amália à Zeppelin ano passado em http://deamaliaazeppelin.blogspot.com/2010/06/o-habito-de-ler.html   . Na matéria Veja diz que um livro leva ao outro e é isso mesmo. Não adianta continuarmos a forçar adolescentes a começarem com Machado de Assis ou outros clássicos. Alguns podem gostar, mas serão poucos, a linguagem é muito distante dessas cabeças. Então, permitamos algo culturalmente mais próximo, que seja Harry Potter ou Melancia.... mas que um dia vão provocar um start qualquer que levará à descoberta de textos mais elaborados e assim vai.
Ainda hoje recebi também da  @maahzinhaah  uma jovem brasileira que mora no Texas o link para uma matéria do G1  http://glo.bo/lFFLQL  que é muito interessante porque põe em pauta, como eu também vivo discutindo, o uso da nova tecnologias na educação.
Na minha opinião, a proibição de celulares com acesso à net e outros troços desses modernos (dos quais nem sei o nome direito), vem de um medo que ou é injustificável ou só pode ser explicado pela falta de conhecimento diante do novo. Mas fugir do novo em educação é imperdoável!
Agora, há novidades e novidades! Não podemos sair por aí adotando qualquer coisa, e hoje em dia, nem mesmo quando a coisa é recomendado por certos ministérios, senão, em breve nóis vai estar providenciando uma galera de manos e minas sinistros ! E aí, é : Perdeu Playboy!
Então, já que ninguém ainda teve nada a falar aqui, exceto os que comentaram o primeiro post o negócio é ser chata, insistente, ao menos não me sentirei responsável pelas mazelas que ainda estão por vir em consequência da má qualidade de ensino no Brasil
Enquanto isso...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Olá Classe!

E lá vou eu iniciar um novo espaço virtual.

E este, fala daquilo que tanto insisto em discutir, a EDUCAÇÃO.

Nem vou explicar muita coisa a meu repeito ou sobre minhas ideias sobre o tema, essas informações podem ser encontradas nos textos e apresentações dos meus outros blogs:

http://deamaliaazeppelin.blogspot.com/
http://pazetal.blogspot.com/
http://ttcon.blogspot.com/

Este aqui foi batizado por uma de minhas noras, Vanessa. 
E eu achei o máximo a escolha, já que vem de algo tão antigo como o inesquecível Alô Classe repetido deliciosamente pela personagem  de Marcelo Tass, Professor Tibúrcio.

Só acho indispensável deixar claro que não sou professora mas sim Psicóloga Educacional (Clínica e Organizacional também) e que minhas experiências diante  de alunos resumem-se aos estágios da época da faculdade e de aulas em cursos livres.

Porém, meu interesse no assunto é genuíno e embasado em anos (as vêzes me parecem séculos) de observação do ensino do ponto de vista do aluno e do professor.

Claro, houuve muita leitura à respeito também e conversas  com gente do meio.

Tive oportunidades incríveis nessas observações , desde semi analfabetos que sabiam mais que muitos universitários até universitários que em algum lugar devem ter perdido "parafusos" cerebrais. Uma loucura!

Me angustiam os rumos da educação no país, a falta de interesse dos jovens e a falta de preparo dos professores.
Um despreparo que ora vem da educação deficitária que receberam e ora da falta de preparo como pessoas, para a vida.

É muito claro também uma certa dificuldade de expansão de raciocínio, falta capacidade de síntese e de aglutinar ideias vindas de fontes diferentes como por exemplo a união em aula de assuntos pertinentes a mais de uma matéria.

Será que falta uma formação mais generalista, como no caso dos médicos?

Não sei, lamentavelmente não tenho todas as respostas.

E é por isso que começo aqui hoje, para que juntos, possamos encontrar um rumo para sair dessa cratera educacional e cultural em que caímos e podermos criar em nós a esperança de um fuuturo mais decente para nosso país. Sem comparações com outras nações, mas com capacidade de aproveitar as experiências positivas e evitar as negativas.

Gostaria de dedicar este blog aos  bons professores que tive na vida, entre eles meus pais.

E prá começar, posto as letras (traduções do Vagalume.com) de duas músicas muito famosas, criadas em épocas diferentes e que evidenciam as mudanças radicais na percepção da educação e das formas de enfrentar a vida pelos jovens ao longo dos tempos.


Ao mestre com carinho 

 Aqueles dias de garota no colegial
Revisar tradução De contar contos e roer unhas se foram
Mas, em minha mente                                                                       http://www.vagalume.com.br/lulu/to-sir-with-love.html
Sei que vão continuar
Mas como se agradece alguém
que tem te acompanhado desde os primeiros passos até hoje?
Não é fácil mas irei tentar
Se você quisesse o céu, eu escreveria nele
em letras que planariam a mil metros de altura
Ao mestre, com carinho
A hora chegou
de fechar os livros e os últimos olhares devem acabar
E enquanto eu saio
Sei que estou deixando meu melhor amigo
Um amigo que me ensinou o certo e o errado
o fraco e o forte
É muito para aprender.
O que eu posso lhe dar em troca?
Se você quisesse a lua eu poderia tentar começa-la,
mas eu preferiria que você me deixasse te dar meu coração
Ao mestre, com carinho!
Aqueles embaraçosos anos voaram,
por que eles voaram para longe?
Porque Mestre, crianças crescem para serem pessoas algum
dia?
O que toma o lugar de escalar arvores e joelhos sujos
no mundo lá de fora?
O que está lá para você, eu poderia comprar?
Se você quisesse o mundo eu o cercaria com uma parede,
E rabiscaria estas palavras com letras de dez metros de altura,
Ao mestre, com carinho

http://www.vagalume.com.br/lulu/to-sir-with-love-traducao.html#ixzz1MH1W0W8Y


Outro Tijolo Na Parede (tradução) Pink Floyd R
evisar tradução (..)
Quando crescemos e fomos à escola
Havia certos professores que                                                                      http://www.vagalume.com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall.html
Machucariam as crianças da forma que eles pudessem
(oof!)
Despejando escárnio
Sobre tudo o que fazíamos
E os expondo todas as nossas fraquezas
Mesmo que escondidas pelas crianças
Mas na cidade era bem sabido
Que quando eles chegavam em casa
Suas esposas, gordas psicopatas, batiam neles quase até a morte

pt.2
Não precisamos de nenhuma educação
Não precisamos de controle mental
Chega de humor negro na sala de aula
Professores, deixem as crianças em paz
Ei! Professores! Deixem essas crianças em paz!
Tudo era apenas um tijolo no muro
Todos são somente tijolos na parede
Não precisamos de nenhuma educação
Não precisamos de controle mental
Chega de humor negro na sala de aula
Professores, deixem as crianças em paz
Ei! Professores! Deixem essas crianças em paz!
Tudo era apenas um tijolo no muro
Todos são somente tijolos na parede
"Errado, faça de novo!" (2x)
"Se você não comer sua carne, você não ganha pudim. Como você
pode ganhar pudim se não comer sua carne?"
"Você! Sim, você atrás das bicicletas, parada aí, garota!"
pt.3
Eu não preciso de braços ao meu redor
E eu não preciso de drogas para me acalmar
Eu vi os escritos no muro
Não pense que preciso de algo, absolutamente
Não! Não pense que eu preciso de alguma coisa afinal
Tudo era apenas um tijolo no muro
Todos são somente tijolos na parede

http://www.vagalume.com.br/pink-floyd/another-brick-in-the-wall-traducao.html#ixzz1MH3dmtCN

Então, o que as diferentes letras te fazem pensar?

Vamos discutir?
Sejam bem vindos!